17 de jun. de 2010

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A música como ela é

Definitivamente não se fazem músicas como antes. Mas ora, os tempos são outros. A verdade é que cada um escuta o que gosta e guarda aquilo que marcou sua época. Seus pais ou avós não podem simplesmente dizer que música boa era aquela do tempo do Roberto Carlos, se não estão escutando o que toca no século 21.
Escutar não quer dizer só ouvir o que toca, mas conhecer mesmo. Tudo tem um contexto e, através disso, é que podemos saber o porquê de um gênero estar na mídia. Se o “Rebolation” toca é porque existem pessoas pra escutar. Pessoas de baixa renda, com nível cultural baixo? Não, jovens de classe média que botam o som no carro ou dançam nas mais elitizadas boates.
A tônica maior de se fazer música atualmente é o apelo comercial. Tem que produzir e vender e se cai na boca do povo, vira o hit do momento. É difícil encontrar bandas ou cantores que saibam inovar, seja em qual gênero for, mas quando isso acontece geralmente vira sucesso. O mais difícil é se manter na mídia muito tempo, porque além de produzir novas tendências, é preciso agradar o público, o que se torna cada vez mais difícil devido à demanda de músicos.
A diferença do ontem para o hoje é que antes as músicas permaneciam mais tempo nas rádios e na cabeça do povo. Há exemplos de músicas que estouraram como sucessos em uma década e perduram até hoje, como muitos sucessos de Roberto Carlos. Nossa geração conhece e canta a famosa música Detalhes, mas não quer dizer que devemos parar no tempo e só escutar coisa antiga. Os ouvintes e os próprios cantores precisam evoluir e saber que cada época é uma época.
Uma coisa é fato: a música é como o ouro, nunca sai de moda. Ela nos diverte, nos embala, nos faz lembrar momentos bons e ruins, nos faz sentir bem, enfim, conta muitas histórias. Bendita hora em que ela foi inventada para nos fazer sorrir, chorar ou ganhar dinheiro em cima dela. Usamos a música como se usa uma roupa, ela tem que combinar, tem que nos deixar confortáveis.
E mais do que isso, a música tem que nos fazer esquecer dos problemas e nos fazer lembrar dos momentos especiais. Como a política, futebol e novela, a música é complexa, subjetiva e gera muitos debates. Para debatê-la, é importante ouvir, conhecer e principalmente respeitar todos os gostos, gêneros e épocas. Afinal, o que vale mesmo é a música como ela é: uma boa canção, independente de estilo.

Por: Isabel Nunes

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