20 de jun. de 2010

A força das radiolas reggueiras

THE music cobriu o show do jamaicano Eek A Mouse. Confira. 

A idéia inicial dessa cobertura era entender um pouco, como a cena reggueira em Teresina é tão forte, porém, tão pouco valorizada e divulgada pela mídia local. Para isso, acabei indo a um grande show de reggae. 
Ao analisar o que vi - muito pouco do grande universo que permeia o reggae na capital - pude chegar a conclusão que o amor e culto a esse estilo musical em Teresina, não deixa a desejar ao que se tem em nossa vizinha São Luís, considerada por muitos a “capital do reggae”, no Brasil.
O grande astro da noite foi Eek-A-Mouse, além dele, outras atrações abrilhantaram a festa, realizada na última sexta-feira, 18, no clube AABB. O artista jamaicano reuniu milhares de fãs da massa reggueira, que aguardaram ansiosamente sua presença no palco principal do evento.
Foi uma bela festa. Nunca havia sentido uma vibração e uma identificação tão grande do público com a música que estava sendo tocada pelas radíolas (gíria reggueira), bandas, e o pelo headliner Eek-A-Mouse.

Sua presença não deixou a desejar a nenhum “Wando da vida” (me permitam a comparação), com direito a constantes arremessos de sutiãs e calcinhas, das fãs do cantor, que estavam empolgadíssimas nas duas horas de show, que teve um repertório com seus grandes sucessos, e também covers do mito Bob Marley, entre outros ícones do estilo.
O que mais chamou minha atenção foi a maneira como os fãs – principalmente os casais - curtiam os reggaes, que estavam sendo tocados. De uma maneira bastante peculiar, eles dançavam juntinhos em clima de romance, e até um pouco com ares de conquista – característica bastante comum em nosso forró (será se há alguma relação?). Em suma, posso garantir que foi algo contagiante!
Um ponto bastante batido, e que de certa forma já virou estigma entre os apreciadores de um bom e velho reggae é a relação do estilo com o consumo de drogas, e como conseqüência a violência. Seria hipocrisia de minha parte dizer que não vi pessoas consumindo drogas no evento. Porém, essa relação beira o preconceito. Independente de estilo seja ele reggae, rock, pagode ou axé, – não nos dará garantias que não veremos episódios como o que vi nesse show.
O que é valido ressaltar é a música como arte. Como forma de expressão e liberdade de pensamentos, que une os seres humanos em torno de uma mensagem. E o reggae – considerado um estilo “paz e amor” – faz esse papel de uma maneira ímpar.
 
Confira trechos do show:



Texto: Patrício Lima
Fotos: Arquivo Pessoal

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