21 de jun. de 2010

Música é usada como terapia alternativa

Conheça a musicoterapia em Teresina.

Música para os ouvidos, para o bem estar e para terapia. Esse é o objetivo da musicoterapia, que pode estar presente na área da saúde, nas escolas, no ambiente organizacional das empresas, entre outros campos, e que se caracteriza pela utilização da música como terapia e não em terapia. Como explica o musicoterapeuta Rodrigo Melo, que estuda música desde criança e trabalha na especialidade de saúde com crianças e idosos, quem exerce essa profissão é um agente mediador entre a música e o paciente.
Os pacientes entram nessa terapia encaminhados de outros profissionais, como psicólogos e psiquiatras, quando o problema não é resolvido e, antes de ser dado início ao tratamento, o paciente passa por algumas etapas. Primeiro, é feita uma entrevista com os pais (no caso de crianças) ou com o próprio paciente (no caso de idosos). Depois, o paciente passa por uma verificação ou testificação, que consiste na mostra de vários instrumentos para que ele escolha os de maior afinidade e toque do jeito que quiser. Logo após, o profissional tenta criar um vínculo com o paciente, foca em um objetivo e faz o planejamento de como será o tratamento.
O mais importante, destaca Rodrigo, é que o profissional tenha uma vivência sólida em música. É preciso dominar o fazer musical, pois nas sessões de terapia geralmente surgem muitas manifestações musicais dos pacientes e o musicoterapeuta deve estar preparado para lidar com elas. “O tratamento revela muitas surpresas, principalmente daqueles que não tem nenhuma experiência”, explica.
Rodrigo Melo tem formação em piano, mas também faz uso de instrumentos de sopro, percussão e de cordas. Ele atende crianças hiperativas, autistas ou com dificuldades de se comunicar, e idosos que sofrem com mal de Alzheimer, perdas de memória ou com depressão devido à velhice. Ele afirma que o paciente não precisa saber tocar nenhum instrumento e nas sessões, as pessoas em tratamento acabam produzindo músicas, compondo paródias e, nesse instante, entra o amplo conhecimento musical que o musicoterapeuta deve ter.
Rodrigo explica que o tratamento funciona em curto prazo, mas não faz milagres, pois há pessoas que não se dão bem com a terapia. É por isso que o profissional deve criar um vínculo terapêutico e aproveitar o momento para se envolver na vida do paciente. “O musicoterapeuta não leva um CD com qualquer música para o paciente ouvir. É fundamental que a gente sonde o gosto do paciente e principalmente sua história. No caso de idosos, usamos músicas pautadas no passado para fazer um resgate de memórias, e com as crianças, que revelam um gosto maior pelos sons melódicos, damos preferência às músicas infantis, que são ricas em gestos e ajudam a melhorar a comunicação”, finaliza.  
Confira um vídeo de Rodrigo Melo:



 
Texto: Isabel Nunes









































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