22 de jun. de 2010

THE resenha

Confira a resenha crítica do THE Music. Hoje: Validuaté - parte II.
 

O primeiro CD de uma banda é seu cartão de visita, é quando ela mostra a que veio. Suas melhores qualidades são expostas e as canções tem grande força para ficarem marcadas, pois elas são compostas naquele intervalo entre o início da banda (ou até mesmo da carreira dos músicos) e a gravação do primeiro disco, período que pode durar vários anos.
            Por conta de essas músicas serem feitas em momentos diferentes da vida do compositor dentro do intervalo citado, elas não trazem coesão entre si, são peças aparentemente aleatórias. Isso explica o fato de o primeiro CD da banda Validuaté soar como coletânea. A falta de identidade é o grande problema desse primeiro álbum, intitulado Pelos pátios partidos em festa.


            Porém, Validuaté, como uma banda diferenciada, conseguiu atenuar bastante esse defeito ao oferecer ótimas composições. Destaque para Ela é, Podes crer na dúvida e Superbonder, grandes sucessos até hoje.
            Além dessas faixas, outras também já eram sucessos antes da concepção de Pelos pátios partidos em festa e Validuaté consistia na maior revelação da música piauiense à época do lançamento, fatos que fizeram com que a banda consagrasse o álbum, e não o contrário. Assim pôde-se observar nos dois dias de lançamento oficial do disco, que lotaram o Theatro 4 de Setembro no início de 2008. 


             Mundo multidão mil abre o CD com animação e uma bela letra baseada no poema homônimo do português E. M. de Melo e Castro. O sucesso Ela é dá sequência  e apresenta a pitada de humor característica da banda. O detalhe é que essa música trata de um tema corriqueiro de maneira deliciosamente poética.
            Segue a animada e curtinha Junto, e depois Céu %, a qual traz mais densidade em seu conteúdo. Vem, então, a canção mais magistral do disco: Podes crer na dúvida. Boas letra e melodia, para juntarem-se e trazer sintonia melhor ainda, um reggae pop de swing intelectual.
            O bolero meia-boca Meu bem, nem venha antecede a divertidíssima Superbonder, de acordo com o autor Thiago, um hino para a pós-modernidade. A alegria do CD permanece com Amorlâmpago e sossega com a belíssima faixa que dá nome ao álbum, Pelos pátios partidos em festa.
            Logo após, vem a declaração de amor Essa moça, um dos pontos altos de toda a obra. Bicho do mato e Yo no tengo una banda são as músicas seguintes, retratos engraçado do cotidiano do homem do interior na cidade grande e da dificuldades financeiras do brasileiro, respectivamente.Validuaté comete um pecado ao encerrar esse ótimo álbum com sua música mais chata, O mar e o pano.
            No geral, Pelos pátios partidos em festa é um ótimo disco, apesar da falta de coesão. Mas se o disco parece tanto com uma coletânea, então que seja uma de grandes sucessos. 

Cotação: ****


Vídeo:



Texto: João Vítor
Imagens: Divulgação

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