22 de jun. de 2010

Uma dança nordestina

Em mês de São João, o THE music fala um pouco mais sobre o forró. Confira!
 
Em festas no Nordeste, o ritmo que predomina é o do Forró. E nesta época de festas juninas a sua batida dançante contagia até mesmo quem não costuma dançá-lo. Esse gênero de origem nordestina conquistou público em todas as classes sociais e regiões do país.
            O Forró começou a se popularizar a partir dos anos 50, época de intensa migração de nordestinos para a região Sudeste. Nesse tempo, Luiz Gonzaga cantava o cotidiano dos conterrâneos.

Esse estilo de fazer o Forró transformou-se nos anos 80, com a introdução de instrumentos elétricos nas bandas, como bateria, guitarra, baixo e teclado, além de passar a utilizar instrumentos de sopro, os populares “metais”. Os cearenses foram pioneiros nesse novo conceito e até hoje são hegemônicos na produção.
O sucesso do Forró está diretamente associado à sua dança. “È bom para dançar”, afirma a estudante Deise Campelo, 22 anos. “È interessante quando se vai a um show de Forró e encontra alguém que saiba dançar”, completa.

Não é à toa que em Teresina as academias de dança e ginástica passaram a investir na popularidade do ritmo, abriram turmas para quem quer aprender a dança, como o funcionário público André Rezende, 24 anos: “Todo nordestino tem que saber alguns passos (de Forró). Se você não sabe, fica deslocado nas festas”.
O que André precisará saber primeiro é que dentro do gênero existem diversas batidas, cada uma com uma levada diferente na dança: o Baião, Xote, Coco, xaxado, etc. E cada um dos passos tem nome, a exemplo do oito, giro simples, caminhada, comemoração, dobradiça, e vários outros. Tudo para compor sua sensualidade.

Nas festas juninas há ainda a modalidade marcha, aquela dança típica das quadrilhas. Em Teresina existe um concurso anual e nacional de quadrilhas dentro da Cidade Junina, o qual reúne as melhores quadrilhas do país, e são inovadoras quanto à coreografia criada.
Mesmo a dança sendo um elemento tão essencial ao Forró, ela é mais um detalhe dentro do mercado que o envolve. Por isso sua importância para o Nordeste, é uma dança típica conhecido em todo o país. ”Nordestino de verdade tem que saber dançar Forró”, André Rezende finaliza.

Texto: João Vítor
Imagens: musicapopular.org

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